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domingo, 17 de outubro de 2010

Sobre o PROUNI e o REUNI

Carta aprovada no Seminário Nacional Unitário entra a ANEL e a Esquerda da UNE realizado nos dias 9,10 e 11 de outubro de 2010.




Educação – O Brasil no rumo certo?




(Carta resposta das entidades estudantis ao Manifesto dos Reitores das Universidades Federais.)







No dia a dia das salas de aula, desde a educação básica até a pós-graduação, vivenciamos a realidade de um país no qual a educação está cada dia mais privatizada, precarizada e distante de produzir conhecimento voltado às necessidades do povo.




Essa situação é fruto de um projeto de país orientado por uma lógica de mercado em todos os aspectos da vida, e com a educação não seria diferente. Passamos por um período marcado pela implementação de uma série de medidas que visam ampliar e reformar a educação superior segundo uma adaptação do papel da educação para os países periféricos.




A luta contra esse modelo de educação se estende desde a década de 1990, tendo como principal exemplo a ocupação de 17 reitorias em 2007 contra decisões antidemocráticas e o projeto do REUNI, que expande as universidades com cursos mercadológicos, tecnicistas e sem financiamento adequado (o que inviabiliza ainda mais a manutenção do tripé ensino, pesquisa, extensão). Por outro lado, através do PROUNI, o governo promove a compra de vagas na educação privada, por meio de isenção de impostos, deixando de arrecadar investimentos que poderiam garantir esse acesso pela via pública. A Lei de Inovação Tecnológica reafirma a produção de conhecimento ainda mais a serviço do mercado. Associado a isso, o Sistema de Seleção Unificado (SISU), juntamente com o Novo ENEM, mantém a mesma lógica meritocrática do vestibular, além de não dar condições de permanência aos/às estudantes, elitizando ainda mais o acesso a educação superior. E, como um projeto de legitimação de toda essa política, é realizada uma avaliação (ENADE/SINAES) que não coloca a comunidade acadêmica como protagonista na construção de um projeto de avaliação para as universidades brasileiras.




Ademais, a quantidade de jovens entre 18 e 24 anos no Ensino Superior continua baixíssima (13%), sendo que destes apenas 1/5 é atendido pelo sistema público e a quantidade de analfabetos no país também continua grande, são 14,2 milhões de jovens com mais de 15 anos que não conseguem ler e escrever sequer um bilhete, segundo o IBGE.




Por isso, ao contrário do Manifesto de Reitores/as das Universidades Federais, nós, estudantes de universidades públicas e privadas de todo o país, afirmamos que o Brasil não está no rumo certo e que o discurso do investimento em educação resulta falso e demagógico ante sua participação doze vezes menor que a dos recursos destinados a serviço da divida pública no orçamento da união. Reafirmamos que só a luta estudantil organizada será capaz de promover as transformações que tanto são necessárias, como 10% do PIB para uma educação pública, 100% gratuita, de qualidade, socialmente referenciada e radicalmente democrática para todos/as.








ANEL

ASSEMBLEIA NACIONAL DOS ESTUDANTES - LIVRE!



anelivre@hotmail.com




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http://anelivre.blogspot.com



anelivre@yahoogrupos.com.br



(11) 31077984

domingo, 18 de julho de 2010

dormingo

Escrava da verdade: e o nosso combinado? E aquela história de contruir uma relação baseada

(ALARME - TuóóóóóóÕÕÕÕÕÕÕÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ!!!) )  este post foi removido em virtude do alerta de mi mi mi.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tarde, é tarde

É só azul este estado, esta incerteza exata de querer bem e se sentir pequena e impotente perante um sentimento nascituro ou natimorto, que observa, contando em compassos, minha angústia enxertando raízes.
Quando crescer do tamanho de uma planta pré-histórica, há de se podar os galhos sem sentido que plantei, há de se moldar a obra como um jardineiro. Ela vai crescer metade na sombra, metade no sol.

Um ser são é um espelho límpido. Só reflete a si mesmo. Ou talvez uma estátua inabalável de chocolate, intacta em meio a fome que não passa, que brilha linda e é suculenta, derrete de prazer na boca, mas para que estragar tamanha beleza por um instante de gula?
A gula é só mais uma compulsão, dependência desta insegurança insalubre, o vício de me meter entre esta música ensinada nas classes e algumas frases como "o cheiro de sangue tá no ar" de um bandido literato, e a sua mão no meu corpo deitado no sol e neste azul todo me faz querer viver para sempre neste bandoleón, olhando o mundo de dentro de um tubo de ensaio redondo, nu. Numa vista panorâmica de todo o universo. Um micróbio destemido que não sabe o tamanho do perigo que lhe espera num mundo asséptico e estéril.
Uma entre tantas moléstias que são selecionadas pela vida, não sei se sou forte o suficiente. São tantas as doenças que pegamos por aí, numa mesa de bar cheia de mulheres. Sou só mais uma, e um pano com álcool me desfaz, apesar de querer te adoecer se a oportunidade me vier. Micróbio não tem medo de nada, mas eu tenho medo destes testes in loco, destas experiências de testar minha segurança o tempo todo e ficar na caçada o tempo todo, ser forte o tempo todo, procurando vítimas vulneráveis para te alcançar. Na verdade, um micróbio que tem síndrome de Risoflora, que quando está contigo quer gostar e quando está um pouco mais junto quer... bom, dizem que se falar o nome da doença, ela pega mesmo. Um micróbio pequeno, acuado e besta que quer saber a força que tem, quer ser escolhido especialmente. Não há no mundo outra criatura parecida.
Quando não podemos nos curar sozinhos, significa que dependemos mesmo? Ou só quando a saudade sem socorro (música maldita) vem é que precisamos nos tratar? O curioso vem de só você me olhar e direcionar seu azul com contornos de um todo vermelho para mim e eu me perco numa cultura proliferada de cheiros e pelos, que me faz ficar procurando na prateleira do supermercado o cheiro do amaciante da sua roupa.

Um antibiótico com gelo e limão, por favor.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

choque de realidade

se eu pudesse seguir todos os palpites que dou na vida dos outros
saberia que é a sua insegurança que te afasta
e só.
como o último pedaço de bolo do qual só sobraram farelos
se evaporou na vontade da multidão faminta
e todos queriam mais um pedaço
denecessário
gula
exagero.
Não que fosse matar a fome
mas porque era delicioso...

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Nu no espelho

Naquela tarde, quando vi estes olhos no espelho eram duas pedras maciças congeladas por um fio de vidro. Todo o medo e insegurança estavam pintados nos cílios que não sabiam o que se passavam no movimento automático que enfeita o olhar assustado. Aí percorro as marcas, de coisas que tentei à força tirar de dentro que nunca passariam pelo buraco de uma agulha, pintas que falam da luz que já tive e que ficou impressa na minha cor. E toda vez que precisei me proteger dessa luz, eu apertava os olhos como se fosse chorar ou rir demais, para não ficar cega, deixando ver a incontinência que só aparece em extremos de pânico ou êxtase. Pés de galinha, pés de puta. Biscate, mulher da vida.

Quando vi este rosto caindo no chão com os cachos em volta e enrolado em lã, lembrando uma foto de uma dama antiga, por um instante percebi a beleza que saía dos olhos, poças fundas de barro. Ali no interior enxerguei duas lanternas piscando, e entendi daonde e por quê vem para fora: não consegui só me ver, veja só que curioso. Eu vi você, nu.


Achei que a beleza tinha algo a ver contigo, porque era isso que refletia. Muitas vezes eu me esqueço do contorno do seu rosto, por exemplo. Não lembro do conjunto. Mas... Fixo a memória do olhar nos pelos bem clarinhos, dourados, embaixo do seu nariz, em volta da boca, e a mancha da sua expressão, algo tinha que se dispor a um rosto tão doce, com as covinhas sorrindo que lixam os dentes alinhados e retinhos e me esqueço do resto. As pintas de leopardo nas costas, quando bate a luz e elas vem na minha direção e a pele de leite e espinhos macios que me espremem, e a voz de acorde que fala pelo nariz de onde sai o seu cheiro, ah, o cheiro que se enfia nos meus pêlos e cola no meu peito com epóxi como um corpo estranho.


Aí uma coisa fica suspensa no ar, uma pausa em semibreve. Já tentou segurar o ar por um tempo?

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Libertinagem, - I


Menos um porque é como se eu desaprendesse a bater a cabeça. Agora tenho cuidado e medo, como quem vai por um caminho pela primeira vez.
Mas não é a primeira vez. Olhando as placas decoradas de "Atenção" e sentindo o coração acuado, prestes a ser abatido, ando por uma rua onde já conheço os buracos no chão, ansiosa pela esquina onde vou me perder. Mas é diferente: me protejo mais, porque ando bem devagar. Vejo os avisos colados na parede e só percebo seus desenhos, obedecendo os desígnios da trilha.
Desígnios. Ignís fogo, desejo, deserto.
A verdade é que agora a incerteza me vem leve e arejada. Não carrego nada comigo. Não tenho como lutar e nem quero: que lindo ser presa e examinada. Por todos os poros, em todas as pintas e manchas, marcas do meu corpo. Duas lanternas azuis com manchas verdes a inquirir a minha pele, segurando os meus pelos. É a leveza e o peso. (Porque não vimos o filme, claro)
Leve como deve ser tudo que é bom, nem por isso menos grave. O peso de viver com intensidade e paixão e não querer perder nem um segundo: o peso do corpo nos meus quadris.
Mas é suave. Sem guardar pra mim, um só pedaço. Sem querer mais do que o amanhã ou mais do que o desejo de estar ali naquela hora, no espaço de uma gargalhada sem fôlego. Sem meias palavras ou meios olhares, sem mentir e sem forçar. Eu não sei se é amanhã nem depois, ou se é hoje, sei que é bom.

domingo, 23 de maio de 2010

Pergunta:

um olhar de certeza vale o quê, então?

sexta-feira, 23 de abril de 2010

camiseta amarela

eu vejo assim: uma mão na curva das minhas costas diz mais que um romance inteiro. Mas tem a pressão certa, a força e o tamanho,os nós dos dedos, o jeito exato de pegar: não deve tremer nem exitar o olhar nem o gesto. Sorriso de dentes separados, sempre, a marca. E um olhar que arranhe a suave superfície da contenção, e demora a cicatrizar, e a marca da garra em linha vai me lembrar sempre de querer pular a janela, invadir adentro a dançar segurando a mão firme, que sabe levar com suas garras e prender num abraço, girando e girando sem um pingo de medo de cair, talvez só o mínimo de medo necessário para gelar suando e eu aperto mais forte. Tudo no espaço de uma canção que mostre a sua vida em alguns minutos e assim eu perco o fôlego e o maxilar reclama de tanto gargalhar, a leveza me eleva e eu sorrio sem querer e sem crítica, sorrio para nunca mais querer estar triste...

Libertinagem CL

A ordem

Eu preciso do governo
do posto
O mercado me abastece
Compro o homônimo, hormônio genérico
Como se a contradição empobrecesse.
Mas a condição sou eu.
Falam que mulher só é mulherzinha se for ordeira.
Meu pai dizia: que mocinha trabalhadeira, não tenho mais criança em casa.
Que mulher não recebe, não come
E vive dando, se não dá, voa.
Uma pessoa dada é perigo
Mas quanto mais se dá, mais se tem
Quanto mais preciso, mais rica fico

domingo, 4 de abril de 2010

Gostares

E quando me aparece um universitário, da mesma área que eu, aparentemente do bem, budista que entendeu quando eu falei que era materialista, (o que na verdade venho ultimamente falado que sou, acho... na verdade, o que tenho pensado de Deus é uma outra história. Mas aí no fim da expressão "materialista" quando noto aquele olhar de espanto contido e um balãozinho de pensamento dizendo "nossa, legal", eu explico meio orgulhosa que não consigo deixar de acreditar em Deus e na sincronicidade) "bem apessoado", para usar uma palavra do papai, e com iniciativa interessante, algo lá dentro dá errado. "A princesa torce o nariz". É um erro de fabricação do ser: quando se aproxima muito, fica acuado, desvia o olhar, nem que seja por alguns instantes. É o momento em que se mede o espaço, em que testamos nossos limites. Até onde posso ir, até onde ela pode entrar? Aí se escolhe entre ser verdadeiro ou uma fraude. É onde as idiossicrasias se revelam, e decido se é pior tolerar uma risada escandalosa ou um anel absolutamente ridículo e enorme, cafona. Uma barriga grande, uma bunda meio feia ou um jeito estranho de andar. Mas esse é o mais palpável: muitas vezes um olhar é determinante, uma palavra mau escolhida dá um tapa na cara do encantamento.
O limite entre o gostar de estar com alguém e gostar de alguém é ínfimo... e o pior: mesmo não gostando queremos ser adorados. Vaidade e orgulho, meus fiéis escudeiros.

Estava eu pensando sobre possíveis coisas pra viver e aí me vem você na cabeça. Por mais que eu me sinta curada e que possa passar por cima disso tudo e me abraçar e te ver sem fazer a cabeça girar, eu muitas vezes no dia penso no que você gosta, nos lugares em que vai e no que escuta, em qual música mais faz sentido, no que faz pra ganhar a vida. Dou google no seu nome, procuro sua bicicleta entre as que estão estacionadas, dou a última olhada na cantina e na sala do computador. Eu talvez tenha um encosto enorme de groupie.

quinta-feira, 11 de março de 2010

ah, se eu te pego...

assisto
vendo um vídeo lindo
e com a sensação de que estou sendo vista
por baixo da sua barba

Pergunta:

quando é que eu vou entender que EU TAMBÉM não quero me envolver com ninguém?????

domingo, 7 de março de 2010

LIBERTINAGEM CCXXII"

Descarta!



Abra o regalo, veja o brilho do celofane
que ficará impregnado dos seus dedos
se segurar por muito tempo.
Faz um nó que vale um beijo e gire a chave-senha.
Agora chupe a bala que ela te ofertou
sorva o doce que arde a goela.
Quando saturar do açúcar e queimar
e passar pela sua cabeça que essas calorias são economizáveis,
Cuspa longe, pois
Você não suportará o ardor.
Se estiver em público, encontre algum lugar discreto onde possa, educadamente
pegar a bala da boca e segurá-la, até encontrar um lixo.
Coisa que não serve pra nada e ainda provoca cáries.

É como querer comer pimenta,
e saborear queimação em gotas
sabendo que a azia vai chegar logo.

Carta morta que empata seu jogo e fica ali, estorvando, te olhando brilhante.

Eu devia tatuar "não te envolve" na genitália.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

FOCUS

Não, Mafê, não viaja. Não começa a escrever sobre o que pode ou poderia acontecer. Não escreva diálogos imaginários.
Isto é uma gravação.

Ressacas

o carnaval foi semana passada
agora só ano que virá
tudo pede calma e fôlego

não quero semente queimada
sonho requentado será
feliz do padre e do cônego

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

A mulher e seu cabelo




Eu nasci crespa. Ou, cabelo ruim, como dizem. Sarará Crioulo, Loirinha Bombril. Se tivesse sido no hemisfério norte, seria a "cachinhos dourados" perfeita.

Mas não: abaixo do equador, cabelo crespo tem estigma de mau cuidado.

Coisa de pobre. Piaçava.

Aí, eu não deixava colocarem a mão no meu cabelo. Ninguém entendia, como eu:

cabelo enrolado não se penteia. Resultado: corte joãozinho, Menino Peralta.

Me castraram. Banho e Toza.

Daí pra frente, o cabelo nunca mais foi o mesmo, e na quarta série os meninos me chamavam de BomBril.

Demorei pra entender minha relação com a minha juba:

Sansão.

O poder do leão,

a Força.

Eu não quero mais ficar com a cabeça alinhada

com os fios comportados, de acordo.

E como as pessoas se incomodam com isso!

_"vai pentear o cabelo, menina!"

Não... Não quero domar minha fúria.

Meu poder, meu aspecto, minha moldura.


Na foto, Chico César, e sua polêmica. Ele que também já cantou... "se eu quero pixaim, deixa..."



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Crônica sobre ser solteira...

apesar de não gostar muito de crônica nem de escrever em primeira pessoa...


As amigas me avisavam, não dei bola. Os amigos (homens) mais próximos me contavam suas peripécias, achava que nunca aconteceria comigo. Assisti surtos-espetáculo de carência aguda – geralmente enquanto amigas aguardam telefonema -balançando a cabeça pensando: “nunca protagonizarei tal baixeza”. Mas a verdade é que uma hora acontece: me lembrei de como ser solteira é difícil. Por uma simples razão: vivemos num mundo romântico demais. A mulher deve sempre estar receptiva, penso que pela própria anatomia. Deve sempre abrir um espaço para caber um homem na sua vida. Abre fendas, grand kanyons, se precisar, para cavar um buraco na sua existência, se convencendo de que falta algo em sua vida: um pênis que a preencha. A famosa frase: “mulher que dá é mulher feliz” vem daí. Ela, a mulher, deve conter. Alguém, algo. Talvez por razão do útero, que suporta até cinco bebês de uma vez. Falta um conteúdo pra suprir seu inerente vazio. Sempre.
Mulheres que fogem a esta regra geralmente são vistas como devoradoras de homens, e inspiram livros como “Os homens gostam de mulheres poderosas” (que, aliás, são lidos por mulheres nada poderosas, que ao invés de se tornarem poderosas, vão acabar se tornando esposas gordas e resignadas). E, via de regra, poder assusta. Ligar pra falar oi no dia seguinte assusta. Querer só sexo e carinho assusta, não esperar nada assusta, gostar da própria companhia assusta, dar no primeiro dia assusta, ser feliz sozinha assusta. E geralmente fica o estigma: “xi, se está solteira, alguma coisa tem”. Já escutei isso inúmeras vezes. É extremamente difícil viver neste fio da navalha, e penso que até as “poderosas” precisam de carinho. De se sentirem especiais.
Eu sempre me vangloriei de ser uma excelente fingidora: nunca admiti que fosse romântica, até perceber que este era o auge do romantismo, pra poder ser mais romântica, uma vez que é o romantismo que me persegue. Sim, é verdade, me persegue. Quando estou quieta no meu canto, sempre aparece um ser super bacana com quem rola uma afinidade sensorial (pele) e intelectual (neurônios) e tudo vai bem: ser tratada com carinho é uma delícia, sentir-se especial é uma necessidade humana - que faz com que falemos bom-dia pela manhã mesmo estando com vontade de mandar pro inferno -todo mundo precisa ser especial para alguém. Duas pessoas se conhecendo e se encantando. Se sentir como uma princesa (aqui, a licença para usar o termo “princesa” mesmo não gostando do sentido nobre) até que a noite termine... e mesmo que tenha sido ótimo, saber não irá pra frente é tão deprimente. A princesa vira puta. O cara não vai ligar, nem se importar, por achar que uma mulher assim tem cheiro de compromisso, tem cheiro de gato por lebre, tem cheiro de pegadinha do malandro. Ou não vai ligar porque não quer ligar. Mesmo que queira perder algumas horinhas agradáveis com a figurinha de novo. Aí, a rata aqui fica com complexo de Cinderela... não quer ligar por quê? Por quê não ir atrás? Talvez porque eu seja uma mulherzinha romântica besta que queira ser conquistada. Que quer conquistar. Que quer ser desejada, mesmo no day after. Ou, porque o cara é burro. Se soubesse como seria vantajoso pra ele inverter a ordem do princesa/puta... o cara que se ligar disso vai ter todas, todas as mulheres que quiser rastejando aos seus pés. Até as poderosas... mesmo que seja pra trocar só fluidos, e nada mais...