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sexta-feira, 23 de abril de 2010

camiseta amarela

eu vejo assim: uma mão na curva das minhas costas diz mais que um romance inteiro. Mas tem a pressão certa, a força e o tamanho,os nós dos dedos, o jeito exato de pegar: não deve tremer nem exitar o olhar nem o gesto. Sorriso de dentes separados, sempre, a marca. E um olhar que arranhe a suave superfície da contenção, e demora a cicatrizar, e a marca da garra em linha vai me lembrar sempre de querer pular a janela, invadir adentro a dançar segurando a mão firme, que sabe levar com suas garras e prender num abraço, girando e girando sem um pingo de medo de cair, talvez só o mínimo de medo necessário para gelar suando e eu aperto mais forte. Tudo no espaço de uma canção que mostre a sua vida em alguns minutos e assim eu perco o fôlego e o maxilar reclama de tanto gargalhar, a leveza me eleva e eu sorrio sem querer e sem crítica, sorrio para nunca mais querer estar triste...

Um comentário:

  1. Demais esse dom de pegar um fragmento de um momento, uma mão nas costas, e transformar em algo tão vivo. Chega a ter fotografia.
    Adoro teus escritos. e fico viajando depois, pensando em quem seria o hombre das garras.... rsrs... se é que existe!
    Beijos gigantescos da grandona que te ama

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