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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Farewell


Tocar o puteiro é fácil, difícil é dar a descarga.



Não ficou muito de você

Seu espaço era mínimo, coisa pouca:

Cheiro na fronha, lavando sai

Colchão manchado (não sai, mas dá pra cobrir)

Algumas caixas de cigarro vazias

Duas camisas no cabide

E espaço, muito espaço.

Pergunto... o que mais?

Com algum esforço, encontro:

Cartas feitas à mão, (por mim, que fique bem claro)

Penduradas feito troféu

Letras miúdas, sinceras, hoje tão sem sentido

Bem mal lidas, mal interpretadas, mau amadas

Mal comidas e digeridas.

Alguns bilhetes de shows que vimos

mas... alto lá: isso é meu, muito meu.

Inclusive os nossos bons momentos:

Levou, junto com as manias ruins.

Só ficou espaço, muito espaço.



Vou fazer um baile!







Fiz a faxina do quarto opcional (que na verdade não é opcional, porque só cabe uma cama ali se for do tamanho de um colchonete pra camping, daqueles onde a gente dorme em posição fetal)
Foram 15 sacos de lixo de quinquilharia. Falando sério.
Mas olha: o bom é que agora tenho um mini-estúdio em casa. E espaço para fumantes e não fumantes. O que é bom. E a vitrola que ficou pra mim, na partilha, o que é ótimo. Mas melhor parte é que, um infinito de possibilidades se abriu assim que eu tirei o lixo pra fora de casa, assim como a vida opera seus "nãos" e não dá chance pra muita escolha, entre as poucas escolhas que me sobraram, estou ganhando ainda por poder deliberar o que será de mim.
E, a pergunta pungente: o que será de mim?
_ O que eu quiser!

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